segunda-feira, 22 de agosto de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Trem da Vida

Um dia desses EU li que um livro compara a vida a uma viagem de trem. Uma compar...ação muito interessante, quando bem interpretada. Pois se observarmos, nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes no caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques.

Quando nascemos, ao embarcarmos neste trem encontramos duas pessoas que acreditamos farão conosco a viagem até o fim, nossos pais. Mas na maioria das vezes isso não é verdade, infelizmente em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinhos, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que durante a viagem embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós. Embarcam nossos irmãos, amigos, e amores.

Muitas pessoas tomam esse trem a passeio, outras fazem a viagem experimentando apenas tristezas. E no trem há também pessoas que passam de vagão em vagão prontas para ajudar a quem precisa. Muitas descem e deixam saudades eternas, outras tantas viajam no trem de tal forma que quando desocupam os seus assentos ninguém sequer percebe.

Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão importantes, acomodam-se em vagões diferentes do nosso, e isso nos obriga a fazer essa viagem separado deles, mas claro que isto não nos impede de com grande dificuldade atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos nos acomodar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando este lugar.

Essa viagem é assim, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos então essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tem de melhor, lembrando sempre que em algum momento do trajeto poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes e certamente alguém nos entenderá.

O grande mistério afinal é que não sabemos em qual parada iremos descer, e fico pensando: quando descer desse trem sentirei saudades? Sim! Deixar meus filhos viajando nele sozinhos será muito triste, separar-me de alguns amigos que nele fiz, do amor da minha vida será muito dolorido para mim. Mas me agarro na esperança de que em algum momento estarei na estação principal e terei emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram e o que me deixará feliz é saber que de alguma forma eu colaborei para que ela tenha crescido e o seu conteúdo se tornado valioso.

Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta a medida que o trem vai diminuindo sua velocidade. Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como representação da morte, mas também como a chegada de uma nova vida. O fim de uma história que pode marcar o começo de outra.

Agradeço a Deus por você fazer parte da minha viagem, e por mais que os nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza o grande vagão de nossas vidas é o mesmo.

quinta-feira, 31 de março de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

Sinto-me como aquele menino ....

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa…

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!

Mário de Andrade

Aniversário da minha mãe 81 anos!!!